Pesquisar este blog

sábado, 19 de janeiro de 2013

Interreçante, um tema legal...


Uma escultora misteriosa que garante estar viva desde a Idade Média e um homem desfigurado por queimaduras adquiridas num trágico acidente de carro têm os destinos cruzados em A gárgula, aclamada estreia literária do canadense Andrew Davidson. Traduzido para 29 idiomas, o livro une em ambientes tão díspares descrições viscerais sobre os muitos infernos dantescos presentes na história da humanidade. O resultado é um romance arrebatador sobre a queda ao inferno e a busca por redenção.
Um ator e diretor de filmes pornô com vida desregrada é o protagonista da história. Em uma noite de bebedeira, ele dirige em direção a um penhasco e, após uma grave explosão, fica com praticamente todo o corpo queimado. Quando acorda, está imobilizado na ala de queimados de um hospital, cercado por enfermeiras. O corpo bem torneado do ator, com bronzeado impecável e cabelos sedosos, transformou-se em algo repulsivo. Ele sabe que as cicatrizes ficarão ali para sempre e planeja dar fim a tudo aquilo tão logo deixe o hospital.
Passam-se dias e meses, tempo durante o qual ele vai recuperando os movimentos e torna-se quase um especialista em queimaduras. Com tanto tempo livre na ala de queimados, ele aproveita para ler tudo que pode sobre o assunto. Enquanto faz relatos precisos sobre o tratamento, o autor também revela ao leitor um pouco sobre a história do protagonista, da infância insuportável de órfão criado por parentes viciados em drogas até virar um renomado e requisitado astro pornô.
A história ganha um rumo diferente quando o protagonista começa a receber a visita de uma bela mulher, Marianne Engel, uma ex-paciente da ala psiquiátrica do hospital, que afirma ter vivido com ele uma história de amor na Idade Média. Demora um pouco para haver empatia entre ele e a estranha, mas eles acabam por se tornar amigos, de tal forma que após quase um ano de hospital, ele vai morar com ela e desiste da ideia de suicídio. Marianne trabalha como escultora, libertando gárgulas de blocos de pedra, como ela mesma costuma dizer. Entre uma peça e outra, ela conta ao novo amigo como foi que se conheceram séculos antes, quando ela era uma freira copista e ele um mercenário.
Davidson mantém a história atraente intercalando episódios dos dois relacionamentos, o que se passa no presente e é narrado pelo protagonista, e o vivido na Idade Média, muito bem contado por Marianne Engel, a qual também costuma narrar ao amigo belas histórias de amor que superaram a morte, o tempo e a distância.
                                          *******************
Eu particulamente gosto desses temas, tipo amor de almas ...
E a capa já vende o livro..... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário